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Conteúdo, Estratégia

Seguindo uma tendência não tão nova assim nas redes, a marcas Dailus criou recentemente a Dai, sua nova assistente virtual. Ela foi escolhida virtualmente pelos mais de 2,9 milhões de usuários no instagram da marca numa disputada corrida com outras duas personagens.

A ideia da marca é que a Dai possa se aproximar do público e oferecer mais agilidade no atendimento. Toda a comunicação tem sido descontraída, seguindo a pegada do on-line.

A Dai é uma estratégia de marca. Isso significa que tudo nela foi pensado para se aproximar e agradar os consumidores. Para isso, a marca usa detalhes da persona deles e vai aplicando isso na criação da assistente.

Portanto, Dai tem 22 anos, é nail artist, produtora de conteúdo e sonha em ser uma influenciadora digital. Expert em compras digitais, ela ama astrologia e fala pelos cotovelos. Ou seja, ela é tão descolada quanto a marca e os consumidores. Adora esmaltes coloridos e maquiagem e por isso, seu avatar ressalta vários desses detalhes.

Marcas como Amaro, Casas Bahia e Ultragaz também tem mascotes. O Magalu, então, nem se fala. A Lu é um fenômeno! Ela, inclusive, vai muito além do papel entendido como o de uma assistente virtual.

Mas, afinal, por que uma marca deve ou não deve criar uma assistente virtual?

Pros

  • Cria mais identificação com a marca
  • Humaniza a comunicação ao dar uma cara a quem está falando
  • E não vem somado a obrigações

No caso deste último, vamos entender:

Um assistente ou um vendedor precisa bater metas, pensar na família, no cachorro, no aluguel. Logo, ele naturalmente vai “ficar mais no seu pé” para tentar vender e ganhar comissão ou simplesmente garantir uma fidelização.

A assistente virtual, no entanto, é virtual. O esforço dela é programado e limitado. Isso significa que há um limite até onde ela vai. Serviços autônomos, ainda mais agora com a pandemia, estão cada vez mais frequentes. E ao que tudo indica, se o problema for resolvido assim, as pessoas até preferem.

Para empresa, é muito mais fácil e rentável investir numa assistente virtual (que é um robô) para fazer o trabalho. Desta forma, ela molda aquele “ser” como quiser.

Contras

  • A marca corre o risco de perder a naturalidade – mesmo que por trás do robô hajam pessoas. A ideia é programá-la para não te dar dor de cabeça e com isso, você pode acabar se perdendo no meio do caminho
  • O papel da assistente virtual tá cada vez mais híbrido. É mascote? Atendente virtual? Influenciadora? Cada um desses tem uma função específica.
  • É preciso desenhar bem a linha entre fantasia e realidade.

Essa é uma discussão mais ampla que passa por diversos fatores ainda em construção. O principal deles é entender até que ponto #MascotesDigitais representam a nossa marca e podem verdadeiramente ser uma voz?

Sim, eles são boas saídas para dar uma cara à comunicação. No entanto, é preciso ter em mente claramente qual o seu objetivo com eles e como conseguir de forma natural ir ajustando e melhorando seus papéis com o tempo.

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