Menu

Comportamento

Pink Tax nada mais é do que uma prática adotada por empresas que taxam com preços mais elevados produtos destinados ao público feminino. Em outras palavras, discriminação. Com salários 20,7% mais baixos que dos homens, as mulheres ainda têm que pagar a mais por produtos e serviços, mas este fato nem sempre é percebido por elas. 

É UM MOVIMENTO MUNDIAL

Durante os últimos anos, a defesa para banir a taxa rosa ganhou espaço mundialmente e, em outubro deste ano, Nova York (EUA) decretou que a taxa rosa “Pink Tax” estava banida. Ou seja, qualquer produto ou serviço com características similares e com versões direcionadas para os públicos masculino e feminino devem ser comercializados pelo mesmo preço. Isso provocou uma mudança em salões de beleza, lojas de brinquedos infantis, roupas, itens de higiene, entre outros. 

Matéria online de veículo internacional

NO BRASIL FALTA SER APROVADO O PROJETO

No Brasil, há um projeto em tramitação na Câmara dos Deputados que estabelece alíquota zero de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para absorventes femininos. A proposta não tem previsão para ser votada. 

Atualmente, a taxa corresponde a mais de 25% do valor do item. Em 2013, itens de higiene básica, como sabonetes, papéis higiênicos e pasta de dente receberam isenção do governo federal, mas curiosamente o absorvente feminino ficou fora da lista. 

MAS JÁ É REALIDADE NA ALEMANHA

Na Alemanha, a taxa de 19% sobre o absorvente foi reduzida em novembro de 2019, após anos de cobranças e manifestações da sociedade. A partir de janeiro de 2020, os absorventes no país passaram a ser taxados como itens básicos no valor de 7%. 

A LUTA TAMBÉM É POR IGUALDADE DE GÊNERO

Falar de “Pink Tax” também é abordar igualdade de gênero e melhores condições para que mulheres possam garantir seus direitos. O tema faz parte de um debate em ascensão em países desenvolvidos da Europa e EUA. Assim, para que as mudanças que já estão feitas nesses países se tornem realidade no Brasil é preciso que o tema seja abordado com clareza por todos. 

E POR QUE NÃO DAR UM EMPURRÃOZINHO POR AQUI?!

Para incentivar essa discussão, fizemos uma pesquisa com 215 mulheres e outra de preços com o intuito de analisar se existe algum aspecto comportamental que justifique a prática de preços elevados em produtos destinados às mulheres ou se ela acontece simplesmente por fatores culturais e históricos. Você pode conferir esse levantamento acessando o infográfico!

Ao dar uma olhada em alguns dos comentários das entrevistadas sobre essa prática de preços, você vai perceber que algumas mulheres sempre notaram a diferença de preços, porém nem todas sabem que essa prática vai além de uma ação comercial, é uma luta por direitos:

#AUMENTO PERCEBIDO NO SETOR DE MODA

Muitas vezes é cobrado um preço mais caro para esses produtos. Por exemplo, camisas nas lojas como C&A e Renner, na sessão masculina uma camisa custa 49,90 e na sessão feminina a mesma camisa custa de 69,90 a 89,90. Sei porque sempre que gosto de uma camisa simples, com alguma estampa de desenho ou filme, vou checar na sessão masculina a diferença de preço.” 

SE TIVER #DIFERENCIAL, NÃO HÁ PROBLEMA

Acredito que se o produto seja de alta qualidade e realmente estudado e pensado para a mulher, eu não me importaria em pagar um preço acima da média. Entendo que homens e mulheres são diferentes e nesse sentido (de alguns produtos feitos especificamente e exclusivamente para mulheres) precisam ser pensados para que facilite a nossa vida, por exemplo.”

#LUTA POR DIREITOS

“Não acho correto que produtos feitos para o público feminino custem mais caro do que aqueles para público masculino (ou sem diferenciação). A tecnologia investida naquele produto, seja ele cosmético ou eletrônico, ou esportivo para que ajude na performance, todos demandaram trabalho de pesquisa e desenvolvimento e materiais “adaptados”, independente do público alvo. Cobrar mais caro por um produto “pensado pro público feminino” é descabido, ainda mais em uma sociedade que paga salários menores para mulheres e que tem um mercado de trabalho que impõe inúmeras restrições a esse público.”  

TORNOU UMA #CONVENÇÃO SOCIAL

“É sempre acima do valor … logicamente por questões de “ mulheres consomem mais que homens “ assim ganham mais na lucratividade e volumes de venda 🤷🏻‍♀️”

COMO EMPRESAS PODEM CONTRIBUIR PARA A EXTINÇÃO DESSA PRÁTICA?

Enquanto nenhuma lei é aprovada no Brasil, o que resta é que a extinção dessa prática seja incentivada por empresas de bens de consumo e de serviços. Uma vez que essa questão abrange a busca pelos direitos das mulheres, apoiar a diminuição da taxa é também uma forma de suporte a essa luta. 

Além do mais, nada mais justo do que precificar produtos iguais, mas para públicos diferentes, com os mesmos valores. Já que, segundo a pesquisa, não foi pela cor ou por ser exclusivo que a maioria das mulheres optariam por pagar mais caro! Para ser valorizado tem que ter diferencial, caso contrário nada justifica, não é?!

Abaixo listamos algumas sugestões para que empresas possam colaborar para a eliminação da taxa:

  • Abrir um canal no site ou nas redes sociais da empresa para que consumidores possam denunciar práticas envolvendo algum produto da marca;
  • Enviar aos pontos de vendas preços sugeridos dos produtos destinados aos públicos femininos e masculinos com valores iguais;
  • Divulgar nas redes sociais conteúdos educativos sobre o tema e a relevância dele para a luta de direito das mulheres;
  • Realizar pesquisas regularmente com pontos de venda para entender se valores distintos foram praticados para produtos iguais destinados aos homens e mulheres;
  • Convidar especialistas das áreas de direito e contabilidade para compartilhar os benefícios da extinção da prática para falar nas redes da marca;
  • Apoiar instituições e grupos que lutam pela causa. 

FICOU COM GOSTINHO DE QUERO MAIS? CLIQUE AQUI PARA ACESSAR O INFOGRÁFICO E SE SURPREENDA COM ALGUMAS DESCOBERTAS! 😉

>>> O conteúdo e a pesquisa foram realizados pela equipe de Business Intelligence:

Maria Betânia – Idealizadora e responsável pela pesquisa
Gabriela Teruya – Pesquisa
Thales Carnevalli – Pesquisa
Vitória Celestino – Pesquisa

Linkedin
WhatsApp