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Diariamente temos visto mais e mais pessoas trans nas publicidades das grandes empresas que, inclusive, já até incluíram em seus calendários as celebrações do mês do orgulho LGBTQIA. Mas será que essa visibilidade crescente se reflete em contratações?

Segundo Maite Schneider, cofundadora do site Transempregos – o maior banco de dados para pessoas Trans do Brasil – infelizmente, ainda não: “As contratações são completamente higienistas. A maior parte das vagas ficam com os homens brancos”, disse ela em entrevista à revista Vogue. E não é por falta de profissionais qualificados, viu? Segundo ela, aproximadamente 40% dos mais de 25 mil currículos cadastrados no site têm graduação, mestrado ou doutorado.

Então, por que pessoas tão bem qualificadas não estão sendo disputadas à tapa pelas empresas? Uma das principais razões é o preconceito estrutural. Muitos contratantes querem que a pessoa trans seja “passável” – cuja aparência pode ser confundida com a de uma pessoa cis – ou acham que a presença de uma pessoa trans no ambiente de trabalho possa trazer desconforto para os outros colaboradores ou para os clientes.

E o preconceito não acaba quando a pessoa começa a transição de gênero já empregada. Não é incomum que representantes da empresa não saibam o que é o nome social e condicionem seu uso à retificação do nome civil para somente então respeitar a identidade da pessoa trans.

Apesar dos avanços a passos lentos, ainda é visível que temos muito a caminhar não só corporativamente, mas como sociedade, neste tema tão vasto, complexo e necessário. Então, empregador, faça a sua parte.

Dê uma chance a um dos milhares de profissionais super bem qualificados e aproveite todo o enriquecimento profissional que só a diversidade é capaz de proporcionar.

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