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Comportamento

Como tudo na pandemia, as transformações no mercado de trabalho, impulsionadas pela tecnologia, foram aceleradas. A crise sanitária deve antecipar para 2021/2022 uma demanda que estava prevista para daqui a cinco ou 10 anos.

O relatório “The Future of Jobs 2020”, do Fórum Econômico Mundial, sinaliza que 50% das habilidades profissionais devem mudar nos próximos cinco anos. Destaque para a criatividade e a flexibilidade.

As chamadas soft skills ganham cada vez mais importância no mundo. Em alguns países, por exemplo, mesmo no aprendizado das chamadas hard skills, que são aquelas habilidades mais técnicas, o foco continua na criatividade e a resolução de problemas no centro, permitindo uma formação integral dos alunos.

Além da aceleração digital, que é evidente e impossível de controlar, as diferenças geracionais também influenciam na construção de um mercado de trabalho futuro e na escolha das profissões.

Se a Geração X buscava estabilidade e aquisição de bens, os Millennials buscam experiência acima de tudo e valorizam o trabalho com propósito. Já a Geração Z, dos chamados nativos digitais, é composta por jovens acostumados a fazerem várias coisas ao mesmo tempo, de forma extremamente conectada.

Portanto, a lógica do mercado de trabalho sempre estará alinhada à medida que a ciência inova, a tecnologia se desenvolve e novas demandas vão surgindo no mundo. Estamos falando de mudanças comportamentais no consumo e nos hábitos que impactam diretamente nas demandas.

A ideia é que o mercado fique mais e mais especializado em determinados segmentos, sendo a comunicação um deles. Aqui, escolhemos falar de profissões que conversam diretamente com o nosso mercado, ok?

Pensando no mercado que vai se desabrochar ainda mais no futuro (próximo!), o que um gestor de marketing deve ter em mente quanto a sua equipe?

É hora de reavaliar se o time já se adequa as profissões mais procuradas do futuro. Para refletir sobre isso, se liga nas características a seguir:

  • O futuro vai exigir que os profissionais tenham, cada vez mais, uma posição ativa em relação ao conhecimento. Ou seja, produtores de conteúdo.
  • As pessoas terão que buscar requalificações periódicas. Atualmente, há muitos profissionais que estão no meio do caminho.
  • Equipes mais multidisciplinares que tocam projetos e não clientes: com pensamento criativo, resolução colaborativa de problemas, capacidade para lidar com as relações interpessoais
  • Pessoas capazes de interpretar grandes quantidades de informações.

Algumas profissões elencadas como prioritárias para os próximos anos são:

Desenvolver de software: essa e outras especialidades na área de tecnologia continuarão em alta e bem valorizadas no mercado.

Especialistas em experiência do usuário/cliente: esse segmento tem crescido bastante, especialmente com o boom do e-commerce na pandemia. Garantir uma jornada sem ruídos para quem compra ou acessa o seu site é essencial para fidelizar clientes.

Criadores: cerca de 50 milhões de pessoas no mundo já se consideram criadoras de conteúdo. E isso significa que elas possivelmente ganham dinheiro de alguma forma com isso. Gradualmente, estamos fazendo uma mudança para uma economia de criação, especialmente por conta dos avanços do mercado da internet. Temos criadores em todas as plataformas on-line e diversas oportunidades de negócios. Cada vez mais, pessoas como eu e você estão produzindo conteúdo na internet. Não estamos mais focados no modelo de grandes marcas e empresas, anunciantes em jornais, etc.

Especialistas em marketing digital: esse mercado não é de hoje, mas tem se consolidado cada vez mais. Hoje, com o aumento dos criadores de conteúdo e de marcas buscando estratégias mais segmentadas, os profissionais de marketing digital são indispensáveis na construção de uma narrativa de sucesso.

Especialista em UX Design: o designer em UX (User Experience ou Experiência do Usuário) é responsável por garantir que o design projetado para um site ou aplicativo atenda as necessidades do usuário, através de soluções inovadoras e atraentes. Afinal, a experiência do usuário é fundamental para o sucesso de estratégias de marketing, pois foca na permanência do site, interação e conversão.

Analista de Big Data: hoje em dia, já sabemos da importância de coletar dados para fazer análises mais qualificadas dos usuários/consumidores. A tendência é que isso se especialize cada vez mais, sendo essencial em qualquer business.

O mundo digital depende muito de dados para analisar e melhorar seus processos. No entanto, o pulo do gato hoje não é ter quem colete dados e sim quem analise os dados para que aquilo seja usado da melhor forma e traga resultados.

Gestor de comunidade: esse profissional é responsável por lidar com os consumidores e a comunidade ao redor de uma empresa. Já há algum espaço no mercado, especialmente focado nas redes sociais, mas é uma função que tende a crescer dentro das organizações, pois são eles que garantem uma cultura em torno da empresa, criando fãs da marca.

Assessor de creators: com o aumento dos criadores de conteúdo e dos influenciadores digitais, algumas agências hoje são focadas em cuidar exclusivamente das carreiras destes profissionais. A tendência é que esse número aumente à medida que novos creators apareçam.

Os assessores de creators, além de ajudá-los a conquistar novas parcerias com empresas, também orientam e fazem a gestão da saúde da carreira. Hoje em dia, já há no mercado aceleradoras de criadores, focadas na geração Z.

Gestor de Tráfego Pago: fundamental em qualquer estratégia de marketing digital, desempenhando o papel de criação e gerenciamento de campanhas de mídia paga, como Google Ads e Facebook Ads. Além disso, realiza testes A/B para identificar pontos de melhoria para conversão.

Social media: esse profissional é multitasker e isso não mudará, mas com o foco cada vez mais especializado, espera-se que uma pessoa que trabalhe com redes sociais seja altamente qualificados. Dentro dessa profissão, naturalmente pode haver desdobramentos de conteúdo, monitoramento, engajamento, etc.

Ou seja, independentemente de como serão os formatos de trabalho daqui para frente (presencial, remoto ou híbrido), empresas são feitas de pessoas que pensam soluções. Isso não mudará!

Mesmo de forma combinada às máquinas, um olhar humano será sempre essencial para conseguir enxergar potencialidades, construir relacionamentos de confiança, pensar na complementariedade, ciclos de aprendizagem, inovação e diversidade produtiva.

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